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segunda-feira, 1 de maio de 2023

O PRAZO DE VALIDADE DOS CAPACETES


Embora os regulamentos europeus não obrigassem os fabricantes a marcar a data de validade no capacete, a maior parte deles tem uma etiqueta no interior com a data de validade ou a data de fabrico. A maioria dos fabricantes anunciava um prazo recomendado de 5 anos de utilização mas, para os capacetes fabricados com misturas de fibra ou fibra de carbono, o prazo pode ser prolongado até aos 10 anos, isto porque o capacete perde propriedades com o tempo e o tipo de utilização devido à degradação dos materiais com que é fabricado e também aos golpes, quedas e riscos derivados da sua utilização, independentemente de uma boa manutenção do capacete - mesmo que não apresente danos visíveis, como rachas, riscos ou deformações, a eficácia de um capacete estará comprometida no fim dos prazos indicados - temperaturas elevadas, elementos abrasivos, humidade, más práticas de armazenamento são elementos que podem reduzir a capacidade de protecção.


Lembre-se que, com a utilização de capacete, o  risco e a gravidade de lesões diminui cerca de 72%, mas, mais importante ainda, a probabilidade de morte diminui 40%.

Tudo mudou com a nova norma de homologação ECE 22.06, que veio obrigar à aprovação dos capacetes em testes de segurança determinados pela mesma norma antes de serem colocados à venda e também à informação da data de fabrico / prazo de validade.



A recomendação para a substituição do capacete é de cinco anos e é baseada num consenso entre os fabricantes e a Fundação Snell. Colas, resinas e outros materiais usados ​​na produção de capacetes podem afectar os materiais do forro. Óleos de cabelo, fluidos corporais e cosméticos, bem como o desgaste normal contribuem para a degradação do capacete. Produtos à base de petróleo presentes em produtos de limpeza, tintas, combustíveis e outros materiais normalmente encontrados também podem degradar os materiais usados nos capacetes, afectando o desempenho. Além disso, a experiência indica que haverá sempre uma acentuada melhoria nas características de protecção passados cinco anos devido aos avanços nas técnicas de construção, materiais, métodos de produção e padrões. 

Tenha ainda em consideração que, após a entrada em vigor da norma ECE 22.06, tem havido casos em que as seguradoras levantam problemas sempre que fazem a peritagem e avaliam o equipamento danificado para efeitos de indemnização, que recusam quando o capacete tenha mais de cinco anos.

domingo, 20 de setembro de 2020

Acidentes de moto - danos por abrasão




As quedas de moto, que atiram os motociclistas ao chão, causam, normalmente, sérios danos na pele, na sequência do contacto / arrastamento pelo solo, em resultado da abrasão (as conhecidas esfoladelas) - ferimentos que podem ser superficiais ou profundos, de pouca até extrema gravidade. A utilização de material protector (luvas, blusões, calças protectoras, botas e capacetes) não evitam este tipo de danos mas podem atenuá-los significativamente.

Tipos de ferimentos por abrasão

Primeiro grau

Ferimento leve e sem gravidade, em que a pele fica avermelhada (com a aparência de queimadura) mas que pode causar dores fortes e necessitar de tratamento médico.

Segundo grau

Ferimento mais grave, em que a pele é rasgada mas as camadas subjacentes da mesma ficam intactas. Neste tipo de ferimentos o sangramento não é abundante e há necessidade de uma limpeza dos detritos que podem ficar alojados nas feridas (pedras, areia, vidros, etc), pelo que é aconselhável o recurso a tratamento médico para uma eventual remoção eficaz desses detritos e desinfecção para minimizar o risco de complicações.

Terceiro grau

É o tipo mais grave e mais doloroso de ferimento por abrasão, que afecta as cinco camadas da pele e provoca perda de tecido. Pode conseguir ver-se tecido, músculo, gordura e até osso no ferimento e, em geral, o sangue é abundante. Este tipo de ferimento exige cuidados médicos imediatos e, em regra, deixará cicatrizes permanentes no corpo.


Ferimento leve por abrasão