quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Circular entre filas de automóveis (Lane splitting)


Circular entre filas de veículos  (lane splitting) é a circulação de motociclos entre duas filas de veículos, quer estes estejam parados ou se movimentem lentamente. É uma prática legal em alguns países europeus (Espanha ou França), onde existem regras específicas e zonas reservadas para motas nos semáforos. 

O Código da Estrada permite que os motociclistas aproveitem o espaço entre os carros para se deslocarem, mas não autoriza a ultrapassagem pela direita ou a mudança de faixa para ultrapassar. 
                                               O que diz o Código de Estrada:
    • Artigo 15.º – Estabelece que, em trânsito denso, é proibido sair da fila para outra via mais à direita, salvo para mudar de direção, parar ou estacionar. Esta interpretação pode levar a considerar o lane splitting como uma infracção, punível com coimas entre 120 e 600 euros.
    • Artigo 18.º – Obriga a manter uma distância lateral de segurança. Ao circular entre carros, o motociclista pode não conseguir garantir esse espaço, aumentando o risco de colisão e de infracção.
    • Artigo 36.º – Proíbe ultrapassagens pela direita, excepto em casos muito específicos. Embora o lane splitting não seja tecnicamente uma ultrapassagem, a manobra pode ser interpretada como tal pelas autoridades, com coimas que podem chegar aos 1 250 euros.
    • Artigo 38.º – Impõe que só se inicie uma ultrapassagem se houver garantia total de segurança. No lane splitting, basta uma abertura de porta inesperada ou uma mudança súbita de faixa para transformar segundos de vantagem em um acidente grave.
  • Embora não haja uma proibição explícita de circulação entre filas, a interpretação do código leva à conclusão de que a prática de "furar" filas é ilegal, pois implica em mudança de faixa para ultrapassar e em risco para a segurança.

    Apesar de muitos condutores tolerarem ou até facilitarem a passagem de motos entre filas, essa prática não se torna legal por causa disso.

    Recomendações:

    É importante que os motociclistas respeitem as regras de trânsito e utilizem o espaço entre os carros com prudência, garantindo a segurança de todos os utentes da via.

    É recomendável que os condutores de outros veículos estejam atentos à aproximação de motocicletas e facilitem sua passagem, mas sempre com segurança.

    Riscos da prática:

    Apesar de ser comum, a prática de "furar" filas pode gerar riscos de acidentes e aumentar a tensão entre motociclistas e outros condutores.

    A diferença de velocidade entre motos e outros veículos em situações de trânsito parado pode aumentar a gravidade de acidentes, pois o motociclista pode não ter tempo de reação suficiente.

Em resumo, motos podem circular entre filas de carros em situações de trânsito parado, mas não podem ultrapassar pela direita ou mudar de faixa para "furar" filas, sendo importante que a prática seja feita com segurança e respeito às regras de trânsito, segundo especialistas em segurança rodoviária. 

Mesmo com experiência e reflexos rápidos, o motociclista fica exposto a situações de risco elevado.

sábado, 7 de junho de 2025

A Escolha do óleo para o motor

 COMO ESCOLHER O ÓLEO PARA O SEU MOTOR


Tipos de óleos

Existem três tipos principais de óleos: óleos mineraisóleos semi-sintéticos óleos sintéticos. Vamos ver quais são as características de cada um deles e as diferenças também.

Óleos minerais

Os óleos minerais são o resultado de uma destilação directa do petróleo. São elaborados através de múltiplos processos nas refinarias de petróleo e poderia dizer-se que são os «naturais».

O facto de não terem sido tratados em laboratório fá-los em qualidade inferiores aos sintéticos. Por esse motivo os motores que usem este óleo devem mudá-lo pelo menos uma vez por ano.

As vantagens dos óleos minerais para motor são as seguintes:

  • São mais económicos que os sintéticos.
  • Bons para carros fabricados antes de 1995, já que não têm o motor preparado para óleos sintéticos.

Óleos semi-sintéticos

São constituídos por uma grande proporção de óleo mineral e uma pequena proporção de óleo sintético. Com esta mistura consegue-se reduzir o preço em relação aos sintéticos e melhorar a protecção, sendo a opção intermédia entre uns e os outros.

Óleos sintéticos

Os óleos sintéticos têm a base destilada dos minerais e são posteriormente submetidos a uma transformação em laboratório para cumprir certos requisitos.

São óleos tratados artificialmente para serem mais estáveis e são de maior qualidade que os minerais. O objectivo dos mesmos é dar maiores prestações graças à eliminação de todo o tipo de resíduos e componentes do óleo que que podem reagir e prejudicar o funcionamento do motor.

As vantagens dos óleos sintéticos para motor são as seguintes:

  • Têm uma maior vida útil que os minerais (entre um ano e meio e dois anos).
  • Melhoram a protecção do motor face a componentes e aditivos prejudiciais do óleo.
  • Melhoram a potência e a vida útil do motor com respeito aos óleos minerais.
  • Resistem melhor à pressão e ás temperaturas extremas.

Que tipo de óleo devo usar?

Depende. Em primeiro lugar, se tem utilizado um dos três tipos de óleo para o seu motor e tudo tem corrido bem, não o altere. Os motores podem não reagir bem a mudanças bruscas do tipo de óleo e, no caso de querer fazer essa alteração, é melhor fazê-lo pouco a pouco, passando primeiro pelo intervalo médio dos semi-sintéticos.

Por outro lado, como pôde comprovar, se o seu motor é antigo (anterior a 1995) deve sempre utilizar óleo mineral. Os motores deste tipo não permitem o uso do sintético e, além de ser uma perda de dinheiro inútil, acabarão por danificá-lo.

Escolher o óleo certo para o seu motor é fundamental para o seu desempenho e durabilidade. Usar um óleo inadequado pode gerar desgaste prematuro, aumentar o consumo de combustível e afectar o arranque a frio.

Um dos erros mais comuns é usar óleo demasiado espesso (por exemplo, 15W-40 em um motor que pede 5W-30), o que dificulta o arranque a frio e aumenta o desgaste nos primeiros segundos de funcionamento. Também é problemático usar óleo demasiado leve (como 0W-20 num motor que precisa de 10W-30), pois não fornece protecção suficiente a altas temperaturas, o que pode causar fugas ou danos em componentes críticos.

Para evitar esses problemas, é fundamental compreender a viscosidade do óleo e seguir as recomendações do fabricante do veículo. O que é a viscosidade do óleo e como se mede?

Viscosidade é a resistência do óleo ao fluxo. Um óleo mais viscoso flui lentamente, enquanto um menos viscoso flui mais rápido. A viscosidade muda com a temperatura: o óleo engrossa a frio e fica mais fino com o  calor.

A classificação mais utilizada é a da SAE (Society of Automotive Engineers), que indica a viscosidade do óleo com números como 0W-20, 5W-30, 10W-40, etc.

• O número antes do “W” (Winter - Inverno): Indica o quão fluido é o óleo frio. Quanto menor o número, melhor o arranque em baixas temperaturas.

• Exemplo: Um 0W-20 é mais fluido a frio do que um 10W-40, facilitando o arranque em climas frios.

• O número após o “W”: Representa a viscosidade do óleo a alta temperatura (100°C), quando o motor já está quente. Quanto maior o número, mais espesso será o óleo quente.

• Exemplo: Um 10W-40 é mais espesso a altas temperaturas do que um 5W-30, o que pode ser útil em motores mais exigentes ou de alta quilometragem.

Qual o óleo que devemos usar de acordo com o tipo de motor:

1. Motores a gasolina

• Óleos com especificações API SN, SP ou superior e normas ACEA A3/B4 ou A5/B5.

• A viscosidade depende do motor e do clima. Para carros e motos modernos, o ideal é 5W-30 ou 5W-40.

• Exemplo:

• Um Toyota Corolla 2020 pode usar 5W-30 sintético.

• Um Volkswagen Golf TSI pode precisar de 0W-20 porque o seu motor é projetado para óleos de baixa viscosidade.

2. Motores diesel (turismos e carrinhas)

• Óleos com norma API CK-4, CJ-4 ou ACEA C3, C4 se tiverem filtro de partículas (DPF).

• A viscosidade mais comum é 5W-30 ou 5W-40.




AS ORIGENS DO MOTOCICLISMO !

 

AS ORIGENS DO MOTOCICLISMO !

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

A oscilação da roda dianteira na moto !

A oscilação da velocidade da motocicleta deve-se à deslocação do centro de gravidade da mesma para a parte traseira fazendo com que grande parte da aderência dianteira se perca causando a flutuação da roda dianteira. 


A maioria das oscilações nas motos ocorre em altas velocidades, mas também podem ocorrer em baixas velocidade.


 

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

O estado das velas

1. Bom estado: Velas de ignição com isolador e elétrodo castanho claro ou bege limpo indicam um motor saudável com uma combustão adequada.

2. Saturado com óleo: O excesso de óleo na vela de ignição sugere problemas nos segmentos do pistão, nas vedações das válvulas ou no sistema PCV o que pode levar a falhas de ignição, diminuição do desempenho do motor e aumento de emissões.

3. Ajuste da folga: A folga da vela de ignição é crucial para uma ignição adequada. Uma folga incorrecta pode causar falhas de ignição, dificuldade no arranque e redução da potência do motor. Verificações e ajustes regulares são essenciais.

4. Acumulação de carbono: Depósitos pretos e fuliginosos na vela de ignição indicam uma combustão incompleta, geralmente devido a uma mistura rica de combustível, filtro de ar entupido ou injectores de combustível defeituosos.

5. Depósitos de chumbo: Uma aparência acinzentada ou branca na vela de ignição sugere o uso de combustível com chumbo - estes depósitos prejudicam gravemente o desempenho do motor.

6. Incrustação de carbono: A acumulação excessiva de carbono pode causar falhas de ignição, dificuldades no arranque redução da potência do motor. É necessário resolver problemas com a bomba de combustível, filtro de ar e processo de combustão.

7. Sobreaquecimento: As velas de ignição expostas ao calor excessivo podem apresentar sinais de danos, como elétrodos derretidos ou isoladores rachados. Isto pode indicar problemas no sistema de refrigeração.

8. Incompatibilidade de tipo de combustível: Usar um combustível com octanagem inferior ao recomendado pode causar detonação do motor e danos às velas de ignição. Pode ser necessária a utilização de combustível com maior octanagem ou resolver problemas do motor.

9. Problemas mecânicos: Desgaste anormal ou danos à vela de ignição, como erosão do elétrodo ou rachas que podem indicar problemas mecânicos no motor, como pistão desgastado ou problemas na válvula.

quinta-feira, 14 de março de 2024

Cavalinhos de moto !!!

Na Áustria, os cavalinhos e outras proezas dão direito a multas de 10.000€ e apreensão da moto.

Os cavalinhos e outras habilidades podem colocar em risco os motociclistas que as praticam, bem como os peões e automobilistas que se encontrem nas proximidades. Daí que muitos países sintam algum incómodo perante estas demonstrações de domínio em veículos de duas rodas, da mesma forma como o fazem em relação a “atravessadelas” e piões realizados na via pública por automóveis. 



O primeiro país europeu a dar o pontapé de saída foi a Áustria, onde até aqui a penalização por fazer cavalinhos na via pública podia dar azo a multas até 1000€ e perda da carta de condução. Contudo, apesar da dureza das penalidades, os motociclistas não abandonaram a prática e as autoridades sentiram necessidade de aumentar a parada.

Com a nova regulamentação para evitar abusos agora aprovada, todos os motociclistas apanhados a fazer cavalinhos ou outras manobras acrobáticas, o que inclui os burnouts, passarão a ser multados com 10.000€. Como se isto não bastasse, ficam sem carta durante um período de tempo e vêem a sua moto ser confiscada. A medida agora aprovada prevê mesmo que o veículo de duas rodas usado para cometer aquilo que as autoridades austríacas consideram um crime, possa ser expropriado e vendido em leilão, como acontece com veículos de duas ou quatro rodas utilizados em crimes mais graves.

A nova lei que entrou em vigor em meados de 2023 pode vir a fazer escola, sendo alargada a outros países europeus. Além das manobras acrobáticas, a nova lei contempla ainda os “exagerados” excessos de velocidade, que passam a ser alvo do mesmo tipo de penalidades. “Exagerado”, para a polícia austríaca, significa circular a mais de 60 km/h do que o limite obriga em cidade ou 70 km/h fora dos centros urbanos. E se pensa que o alargamento a outros países será difícil, é bom recordar que, já em 2019, um motociclista na Alemanha transgrediu e, como resultado, viu a sua moto ser confiscada e vendida em leilão.

Portanto, cavalinhos em zonas seguras, fora das estradas, no campo, e sem colocar ninguém em perigo podem ser aceitáveis, mas nunca em zonas onde possam colocar em perigo pessoas e/ou bens (vias públicas e zonas afins).

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Feio e triste?

                          Cansado de ser feio e triste?

         Aprenda a andar de moto e seja apenas feio !


Tired of being ugly and sad?

Learn to ride a motorcycle and just be ugly!